Ciberdemocracia

Queremossaber.org.br, pergunte a dezenas de órgãos públicos

Acesse o queremossaber.org.br

Para que serve o Queremos Saber?#

Em uma democracia, os cidadãos têm direito de saber o que seu governo está fazendo. Por enquanto, temos uma ideia limitada do que nossos representantes fazem. Alguns dados já estão disponíveis nos sites de governo, mas ainda não são suficientes pra acompanhar, de fato, as atividades dos políticos eleitos, o que acontece com nosso dinheiro, ou para localizar – e até descobrir – serviços públicos. Este site foi criado pela Comunidade Transparência Hacker e pela Open Knowledge Foundation Brasil para facilitar esse acesso, além de visualizar o quanto as instituições públicas estão cumprindo a sua obrigação de disponibilizar as informações que, afinal, são nossas.

Como o site funciona? #

Você escolhe o órgão ao qual você deseja pedir informações e escreve um pedido, explicando o que deseja saber. Nós vamos enviar o pedido ao órgão responsável. A resposta será automaticamente publicada no site, para que você e qualquer outra pessoa tenham acesso a ela. O site também ajuda os órgãos públicos: como todas as informações ficam disponíveis, isso evita que sejam enviadas as mesmas perguntas mais de uma vez. Continuar lendo

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Cibercultura, Ciberdemocracia

O Governador pergunta e você responde com novas ideias #ciberdemocracia

Dia 9 de novembro – 17h

O Governador pergunta e você responde com novas ideias

Governador quer ouvir o que a população tem a dizer sobre os temas mais relevantes para o rio grande. Assista aqui, ao vivo, o lançamento do Governador Pergunta, nova ferramenta de participação online do Gabinete Digital, e interaja diretamente com o Governador e o Secretário de Saúde.

Durante um mês iremos receber contribuições da população e todos poderão votar nas suas propostas preferidas para a área da saúde pública. No final do processo, os autores das 50 propostas mais votadas serão convidados a discutir suas ideias em encontro com o governador Tarso Genro, no Palácio Piratini.

Governador Pergunta, clique na image e veja o vídeo.

Acesse o portal do Gabinete Digital AQUI.

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Ciberdemocracia

Transparência Digital: Presidenta Dilma institui o Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto

Fica instituído o Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto destinado a promover ações e medidas que visem ao incremento da transparência e do acesso à informação pública, à melhoria na prestação de serviços públicos e ao fortalecimento da integridade pública, que serão pautadas, entre outras, pelas seguintes
diretrizes:

I – aumento da disponibilidade de informações acerca de atividades governamentais, incluindo dados sobre gastos e desempenho das ações e programas;
II – fomento à participação social nos processos decisórios;
III – estímulo ao uso de novas tecnologias na gestão e prestação de serviços públicos, que devem fomentar a inovação, fortalecer a governança pública e aumentar a transparência e a participação social; e
IV – incremento dos processos de transparência e de acesso a informações públicas, e da utilização de
tecnologias que apoiem esses processos.

Veja a íntegra do decreto abaixo:

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Cibercultura, Ciberdemocracia, Movimentos Sociais, Política

VÍDEO: Yahoo bloqueia emails com o termo #OccupyWallStreet

A empresa Yahoo se manifestou ontem sobre a censura ao “OccupyWallStreet”, segundo usuários, seu serviço estaria bloqueando emails que usam a expressão “OccupyWallSt.org”, a empresa jogou a culpa num filtro de spam externo, ta bem! Vou acreditar então.

Abaixo a desculpa do Yahoo. Na sequência vídeo de usuário denunciando a censura.

Não sabe o que é occupywallstreet? Leia AQUI.

Com informações da Revista Info.

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Ciberdemocracia

YouTube Town Hall nos Estados Unidos, você pergunta, congressista responde.

Em Maio desse ano o Google lançou o YouTube Town Hall nos Estados Unidos, mas o que faz essa ferramenta na rede social digital Youtube? simples, você escolhe um tema, assiste o vídeo e vota, pode ainda fazer perguntas para os congressistas americanos.

O funcionamento é simples, você vai no YouTube Town Hal (http://www.youtube.com/user/yttownhall) e assiste dois vídeos de congressistas, eles vão divergir sobre determinado assunto, você não saberá na hora de que partido eles fazem parte . O tema que os parlamentares vão discutir estão entre aqueles que tiveram maior ibope em termos pesquisados no Google em determinado período.

Na sequência o cidadão também pode enviar questões para resposta dos congressista( http://www.youtube.com/yttownhallquestions), a validação é simples, basta ter uma conta no Youtube. Antes que algum patrulheiro pela esquerda chegue (e com razão), afirmo que retrato a ferramenta, mas o assunto carece de fato de uma análise política.

Obs: Colega comenta, se a moda pega (RS) o Conversas Cruzadas perderia audiência? Não sei, se sim já valeria a pena, não?

Town Hall janela de abertura

Tabela de votação das questões já existentes

Quadro para inserção de perguntas.


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Cibercultura, Ciberdemocracia

Governo do RS Escuta e Responde, segundo acerto de Tarso Genro na rede.

Um dia depois da fala, capa de Zero Hora é pautada pelo Gabinete Digital

No dia de ontem (13), o governador Tarso Genro respondeu a primeira pergunta da ferramenta o “Governador Responde”, o tema era a desvinculação dos Bombeiros e Brigada Militar, apenas dois estados no Brasil mantém a vinculação, subordinando administrativamente os Bombeiros a Brigada Militar, Rio Grande do Sul e São Paulo.

A pergunta formulada pela Associação dos Bombeiros concorreu com outras 214 perguntas, em uma plataforma aberta que a sociedade podia acompanhar, a pergunta foi vitoriosa com 858 votos. No dia 11 de maio, o governador escutou especialistas sobre o tema estrangeirismo na ferramenta “Governo Escuta”, foram inúmeras posições contrárias e a favor ao projeto, a transmissão online contabilizou mais de 1100 pessoas assistindo, o chat aberto foi usado pelo público que mandava suas considerações, após a sessãoTarso Genro optou pelo veto parcial ao projeto de lei.

São duas ações específicas, escutar e responder, bem como duas conquistas efetivas com desdobramentos na política real, a construção transparente de um veto a um projeto de lei que gerou grandes debates na sociedade, e a consolidação de uma pauta de categoria, com desdobramentos efetivos como o anúncio da abertura de concurso público para dois mil novos soldados, sendo que seiscentos serão novos Bombeiros.

Nas duas iniciativas as demandas e necessidades são reais, dialogam com pessoas e categorias organizadas que seriam ou são afetadas pelos temas, nessa perspectiva a internet e as ferramentas citadas, assumem um papel de catalisador e amplificador, são por um lado um misto entre infra-estrutura e método para as partes envolvidas debaterem, por outro, uma objetiva forma de ampliar vozes e dar transparência para atos e rumos do Governo.

A transparência nas ações em curso do Gabinete Digital, detêm um ingrediente a mais, não novo, mas inovador na possibilidade de potência. Vivemos um época de crise na grande mídia, seu jornalismo não filtra, media e qualifica a informação, a reportagem cada dia mais é um bem escasso, o conteúdismo simplificado é o paradigma da qualidade do texto, da pesquisa da matéria e do tamanho da lauda, nesse cenário a transparência de grandes debates, o exercício de uma horizontalidade permanente, mediada sobre pautas que atingem milhares, torna-se além de governança participativa, um ato pedagógico, democrático e educativo. O governo do Rio Grande do Sul ao que parece está atento a isso.

Jornal dá página inteira ao tema e aborda o Gabinete Digital

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Ciência Política, Cibercultura, Ciberdemocracia, Mundo do Trabalho, Sociedade da Informação

“Felici e sfruttati – Capitalismo digital e eclipse do trabalho” – livro de Carlo Formenti

Capa do livro

(*Post sem revisão) – Robert Castrucci fez um breve artigo no jornal Italiano Il Manifesto, comentando o livro de Carlo Formenti – “Felici e sfruttati. Capitalismo digitale ed eclissi del lavoro” [Felizes e explorados. Capitalismo digital e eclipse do trabalho] (Ed. Egea, 149 páginas). O  Moisés Sbardelotto traduziu e o IHU publicou AQUI.

Sem fazer uma análise do livro, afinal não lí, faço registros pontuais que acho relevantes para o debate. Isso não quer dizer uma adesão minha a tese do artigo, apesar de ter concordância e preocupação com algumas questões desenvolvidas nele. Disputar a internet, pela esquerda, tendo o marxismo como referência é essencial, até porque o campo sempre tem mais pré-disposição para formular sobre a democracia política que econômica.

Sobre o artigo faço 3 apontamentos:

1. É de festejar o fato do mesmo não se isolar em uma análise específica, abrangendo sua avaliação das teorias e teóricos da direita e esquerda que analisam a sociedade da informação;

2. A avaliação de Fomenti sobre o “trabalho” na sociedade da informação, diz que esse não teve alteração, segue alienado, precarizado e fragmentado, por sinal com um adendo novo, a crescente de uma individualidade anti-classe como projeto político, que se expressa na “visão metafísica da oposição entre capital e vida”, o trabalho e a classe trabalhadora perderíam assim o sentido;

3. A correlação entre as novas tecnologias e a nascente de um novo capitalismo, pós-taylorista e profundamente concentrador, que por um lado acelera o descarte humano em proveito dos sistemas tecnológicos, máquinas e softwares, e na sequência recompõe parte do trabalho humano em tarefas não remuneradas que valoram o serviço e barateiam a produção;

Abaixo o artigo de Robert Castrucci na íntegra, boa leitura.

Os feiticeiros da rede. Capitalismo digital e eclipse do trabalho

O novo livro de Carlo Formenti é uma crítica pontual das ideologias liberistas aplicadas à Internet e um resumo das teorias marxistas sobre o capitalismo contemporâneo.

Eis o texto.
É um Carlo Formenti deliberadamente polêmico o de Felici e sfruttati. Capitalismo digitale ed eclissi del lavoro [Felizes e explorados. Capitalismo digital e eclipse do trabalho] (Ed. Egea, 149 páginas). Em uma mistura de indignação e de irritação, com uma linguagem sarcástica, direta e assertiva, o autor se joga contra a audácia dos gurus da New Economy, o cinismo dos retóricos da Wikinomics e a ilusão das utopias igualitárias da web. A fúria destrutiva arrasta estudiosos como Lawrence Lessig, Yochai Benkler e Manuel Castells.

Os seus discursos sobre a cooperação espontânea, sobre a atenuação da propriedade intelectual, sobre a exaltação da ética hacker e do software livre não fariam nada mais do que aplainar o caminho para um novo tipo de capitalismo digital, na origem do mais colossal processo de concentração monopolista da história do capitalismo. Continuar lendo

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Cibercultura, Ciberdemocracia, Livros

Livro para download – “Cidadania Digital” – Labcom 2010

Capa: Isabel Salema Morgado e António Rosas (Orgs.) (2010) Cidadania Digital. Livros LabCom. Estudos em Comunicação.

Cidadania Digital - Isabel Salema Morgado e António Rosas (Orgs.)

Download livre AQUI – .pdf 1911kb

Título: Cidadania Digital
Autor(es): Isabel Salema Morgado e António Rosas (Orgs.)

Sinopse
A cidadania como exercício político que se pratica no médium digital é uma realidade que paulatinamente vai aprofundando a acção participativa dos governados nos regimes democráticos, ou não deixa de ser um simulacro de uma realidade que é apenas visionada por alguns, mas cuja acção e efeitos são irrelevantes para os que efectivamente controlam o poder?
Neste livro, os autores vão procurar encontrar respostas para esta questão central, apresentando análises de realidades diversas cujo enquadramento comum são os usos que os cidadãos fazem das redes digitais.

Índice
Apresentação     1
A Hipótese do Voto Electrónico em Portugal: Comportamentos e ati- tudes políticas por Paula do Espírito Santo     17
A “Era do conhecimento” e as Problemáticas Globais: Manifestações de Cidadania Participativa na Sociedade da Informação por Victor Marques dos Santos    41
Media Digitais e Responsabilidade Social por Rogério Santos     59
Novos jornalismos e vida cívica: limites e possibilidades do «jornalismo deliberativo» por João Carlos Correia     71
Espaços discursivos on-line e democracia deliberativa: promessas e limites por Gil Baptista Ferreira     101
O Virtual é o Real Finalmente Materializado: A Internet e os Novos Micro-Espaços Públicos Democráticos por António Rosas     117
Cidadania Digital? Das cidades digitais a Barack Obama. Uma abordagem crítica por Bárbara Barbosa Neves     143
A Soberania do utilizador de serviços de saúde na era digital por Ana Paula Harfouche     189
E-reacção às políticas de educação da XVIIa Legislatura (2005-2009) por Isabel Salema Morgado     195

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Cibercultura, Ciberdemocracia, Democracia, Internet, Política, Políticas Públicas

@GabineteDigital (RS): experimento que alarga espaços para o exercício da democracia.

Queria ter comentado antes, mas por motivos diversos não o fiz, apenas hoje acabei escrevendo, ainda que atrasado e relapso, não faltei ao tema. No último dia 24 de maio foi lançado o Gabinete Digital do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, atitude que se soma a outras tantas pelo mundo, com pretensão de aproximar governo e sociedade mediados pela internet. Mas será que é possível qualificar a política pública com o uso da internet? Provar que sim, que é possível, é o principal desafio do Gabinete Digital.

Lançamento do Gabinete Digital Foto: Caco Argemi/Palácio Piratini

O Gabinete Digital propõem formas de diálogo e participação social para qualificar a democracia, aproveitando as contemporâneas ferramentas de comunicação que são as Redes Sociais Digitais. O ato em si do lançamento não priorizou a potencialidade política da proposta e ferramentas, teve um ideário mais de festa, com muitos convidados e superprodução, foi um momento importante, mas somou pouco para o futuro da proposta apresentada. Sendo assim, e não seria diferente, o GD vai ter que se provar no dia a dia, na capacidade de mobilizar e qualificar o debate e a participação de forma inovadora, permeando o meio digital e o físico presencial de forma combinada e permanente.

Imagino, não tenho certeza, que a sensibilidade para construção de ações em redes sociais digitais permanentes no governo, tem na pessoa do governador Tarso Genro o seu principal entusiasta, primeiro por sua compreensão e importância das redes no cenário político contemporâneo, como demonstra recente artigo seu publicado na Folha de São Paulo AQUI, segundo pelos diversos acertos que sua campanha na internet teve. A título de curiosidade, no início dos anos 2000, Tarso Genro criou uma corrente interna no PT, chamava-se “Rede”.

O Gabinete Digital do Governador Tarso Genro foi lançado com três (3) ferramentas iniciais, em breve mais duas (2) serão disponibilizadas. Nessa primeira fase entram em funcionamento o Governo Escuta – atividade presencial com especialistas e transmissão ao vivo pela internet com chat aberto -; o Governador Responde – o governador responderá a pergunta da sociedade que for mais votada no portal no mês -; e a Agenda Colaborativa – forma da sociedade propor pautas e atividades nas agendas de interiorização do governo.

Vale ressaltar que o Governo Escuta já estava em funcionamento antes do dia 24, foi usado em duas ocasiões, debatendo o tema do bullying e discutindo o estrangeirismo na língua portuguesa. O segundo Governo Escuta foi essencial para a construção do veto parcial que Tarso Genro aplicou ao projeto do deputado Raul Carrion (PC do B/RS) AQUI, ou seja, essa ferramenta de participação digital foi importante para a participação social e decisão do governador. A democracia sobre um ato de governo foi expandida? Nesse caso, pontual, sem dúvida. Vitória do Gabinete Digital e da sociedade

Ainda assim muitos usuários terão de logar para que se efetive de fato a ferramenta, a política e o tão sonhado alargamento das possibilidades de exercício da democracia mediada pela internet. Como já comentei outras vezes, o paradigma da política pública 2.0 no país ainda está em aberto e por se consolidar, em geral a “transparência” e a “múltipla escolha sobre temas” e ações ganham prioridade frente à possibilidade de participação nas redes existentes em conjunto com a montagem de plataformas permanentes de debate e interação do Estado e a sociedade.

O paradigma inovador da gestão pública aberta e digital, será aquela que romper momentos específicos, tornando-se um canal vivo, qualificado e permanentemente capaz de articular a inteligência coletiva da sociedade e segmentá-la por áreas e graus de transparência, participação e proposição, articulada às instâncias presenciais de encaminhamentos concretos. Sendo assim, o Gabinete está no caminho certo, basta agora fazê-lo por quatro anos e ir para o abraço, por isso, parabéns a toda essa equipe chefiada pelo secretário Vinicius Wu, estão, sem dúvida alguma, fazendo história.

(* Post sem revisão)

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