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Second Life (1)

O Brasil terá Second Life até final do ano.

Com essa chamada, “O Brasil terá Second Life até final do ano”, inúmeras agências de notícia, sites, blogs, revistas, noticiam desde o meio do ano, o fato do Second Life começar a receber tradução para português, bem como, estar em curso um ousado projeto de programação estética interna do mesmo, com inserção de imagens, ambientes e locais do Brasil.

Mas o que é o Second Life? Bem, antes de responder a pergunta, afirmo que o Second Life tende a ser uma Revolução de “massa” no que chamamos de vida paralela – virtual. Algo que tende, superar em intensidade o orkut, não em usuários, mas em tempo de uso, dependência e formulação de hábitos, necessidades e símbolos a partir da relação humana e as novas tecnologia. Elementos que costumamos denominar, não somente, mas também, de Cibercultura.

Second Life muitas vezes é confundido com um jogo, mas apesar de, em certa maneira lembrar o “The Sims”, o mesmo está longe de ser um jogo, este é um mundo paralelo – virtual, onde qualquer um pode criar uma conta, adotar um personagem (avatar) e começar a viver, em certo ponto, ele imita o mundo real. No Second Life, a vida acontece normalmente, se trabalha, estuda e diverte-se, inclusive se faz sexo com outros residentes – “nativos”. O que antes eram intervenções onde possibilidades de personalidades confundiam-se, e alternavam-se entre um conectar e outro, agora projetam-se mais sólidas com o nascimento de um eu virtual, com vida “real” ou vida virtual.

O Second Life e sua prática, tende a ser uma importante experiência de avaliação sobre a projeção ocidental do que denominamos “futuro”, para um certo grupo de homens e mulheres, penso como: um test drive do século XXI, assim como o “modelo de negócios” da Google para a economia, a rede de Blogs para o jornalismo, o Msn e Orkut para o relacionamento e o Second Life para a vida paralela definitiva como um todo.

Nos próximos post´s sobre o Second Life, vou falar de como esse organiza-se internamente, situações já existentes, práticas a serem pensadas e inclusive algumas humildes avaliações culturais sobre essa matrix antiséptica.

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